quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo! ^__^

Olha eu aqui, "quebrando" a ordem das tiras, de novo! Calma, calma, é por uma boa causa! =D
Quem tem meu e-mail provavelmente já deve ter visto as tirinhas abaixo - afinal, antes de criar o blog, era assim que eu e a Heloísa divulgávamos nossas historinhas -, mas, pra quem só conhece o Felício por causa das postagens do blog, deixa eu explicar: estas tiras foram feitas no ano passado, e também as primeiras que tiveram como temática a época de Ano Novo. Eu queria ter repetido a experiência este ano também, entretanto, nem eu nem minha irmã tivemos uma ideia boa o suficiente para colocar no papel. As piadas, porém, continuam "funcionando" bem, mesmo tendo se passado tanto tempo. Por isso, não tem perigo de ninguém fazer cara de "não entendi", depois de ter lido o post - pelo menos, é isso que eu espero! XD
Bom, agora que o recado está dado, que tal conhecer - ou relembrar - conosco? ;)
Ih, olha só! Eu falei de misturar Coca-Cola com Mentos no post anterior, sendo que, há um ano, fiz uma tirinha exatamente sobre isso... Seria coincidência ou apenas o inevitável? ;P


Agora vocês me perguntam: "Laariii, aqui o Felício tá de calças! Por que você não o desenha sempre assim?!". Respondo: "Porque dá trabalho e eu tô com preguiça, uai!" XD

E é isso! Aproveitem o último dia do ano! Que 2015 lhes traga muitos bons momentos! =D  

sábado, 27 de dezembro de 2014

Churrasquinho Suspeito

Percebam o "profissionalismo" desta tirinha: foi feita em papel de alta gramatura, os tons de cinza foram aplicados com o auxílio dos mais avançados softwares de edição de imagem, e a noção de perspectiva da criatura que vos escreve era praticamente impecável! XD

Tudo bem, chega de zuera. Vamos logo ao que interessa:  

 
Quando vejo essa tirinha, logo me lembro da barraquinha de churrasco que tem lá perto do cursinho onde estudo. Ela tá sempre lotada na hora do almoço e no finzinho da tarde, e o cheiro é muito bom, mas eu nunca fui lá pra conferir se a carne é mesmo boa.

Bom, eu até poderia, já que toda segunda e quarta-feira eu saio às 17h30 do cursinho, e a essa hora eu já estou morrendo de fome (sim, gente, eu janto com as galinhas, algum problema?!), mas então me lembro de todas aquelas lendas urbanas acerca de "filé miau" e acabo desistindo. Você sabe, tipo aquela conversa de "Não toma leite com manga que mata!", que as nossas avós viviam contando pra gente quando éramos crianças (E é mentira, viu?! Pesquisei pela internet e achei umas receitas bem bacanudas, tipo essa aqui. Agora, Coca-Cola com Mentos não é bom negócio, não! o_O)

E vocês? Têm alguma alguma história de "churrasquinho de gato" pra contar?

***  

Heloísa: Pense pelo lado positivo, Larissa!

Larissa: O quê?

Heloísa: Você podia ter desenhado a tira num papel higiênico! =P

Larissa: ...

Heloísa: ...

Larissa: Não vamos pensar nisso, tá? ¬_¬

sábado, 20 de dezembro de 2014

Tirinha Especial de Natal!

Ah, o Natal... Tudo parece mais bonito nessa época. As pessoas parecem mais solidárias, calorosas. É tempo de festejar, comer, de reunir a família, comer, de trocar presentes, comer... Ah, e de assistir a TV Globinho Especial, já que o Encontro com Fátima Bernardes frustou com as minhas intenções de assistir desenhos animados de manhã durante as férias. Este ano, provavelmente, teremos outro especial da Turma da Mônica, em que os personagens se reúnem no final do desenho para cantar uma canção sobre amor, amizade e meio ambiente (Entendam, não estou criticando Turma da Mônica; aliás, quem leu o post sobre a criação do Felício sabe o quanto eu admiro o Mauricio de Sousa. O problema é quando a turminha resolve cantar. Assistam o Cebolinha cantando "Lalouím, Lalouím!", em Bruxarias no Aniversário que vocês vão me entender...)

Mas, enfim, já divaguei demais, não é? Sigam com a tirinha:

Participação Especial das versões "sem-nariz" das autoras! (Só pra constar, a Heloísa não é estraga-prazeres deste jeito, eu só quis zoar ela. XD)
Semana que vem, voltamos à ordem natural das coisas. Só resolvi fazer uma exceção porque desenhei esta tira especialmente para esta ocasião. ;)

Ademais, eu e minha irmã desejamos a todos um Feliz Natal e um ótimo Ano-Novo! \o/

sábado, 13 de dezembro de 2014

O que tem dentro deste saco??? - Pág.2

UHUU!! Finalmente vamos saber o que tem dentro do saco! 
...
Não, espera! Essa frase ficou meio estranha, não? Ok, então vamos descobrir o que há nesta sacolinha de padaria (Essa mania de "politicamente correto" ainda vai acabar com o mundo ¬_¬')

Curiosamente, é o Felício que faz o papel de "sacana" nesta história (Que medo do sorriso malicioso dele, gente! o_O)
Ah, e semana que vem o blog entra em clima natalino. Aguardem! ;)

sábado, 6 de dezembro de 2014

O que tem dentro deste saco??? - Pág.1

Hoje, a Larissa me intimou... digo, pediu para que eu escrevesse algo acerca desta próxima história que publicaremos, pois me disse que eu sou a responsável pelo roteiro.

Bem, é um pouco difícil escrever sobre algo que você nem lembra direito de ter feito, mas vamos lá...


Quando comecei a bolar roteiros para o Felício, eu sempre escolhia um assunto aleatório e tentava criar piadas em cima disso (técnica que utilizo até hoje). Foi assim que nasceu essa história. Do nada eu pensei: “E se o Felício estivesse olhando atentamente para algo dentro de um saco e não quisesse dizer para ninguém qual é seu conteúdo?” Foi através dessa premissa simples (até boba, aliás ¬¬’) que comecei a bolar o roteiro.

Ok, eu já tinha a ideia e o final da história (porque o desfecho é a primeira coisa que decido num roteiro), agora, eu precisava encontrar um personagem que contracenasse com o Felício, e Tic, o melhor “amigo” de nosso gato de vestido camisetão foi a escolha óbvia. Aliás, foi a partir dessa história que eu e a Larissa começamos a trabalhar a personalidade “mala” do Tic.

Ah, só uma curiosidade: essa foi a única história em que Tic chama o Felício de “Fê”. Em roteiros posteriores, esse apelido seria abandonado (ainda bem! ¬¬’)

¹P.S.: Por favor, não pensem em besteira após lerem o título da história! Eu só tinha treze anos quando escrevi isso, logo, não tinha a mente poluída de Ensino Médio! >.<

²P.S.: Sim, os balões estão zoados, mas a culpa não é minha, juro! *Não adianta se esconder atrás do sofá, Larissa! Eu sei que você está aí!*

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Resenha - Bear, de Bianca Pinheiro


“Olá, senhor! Você viu meus pais?”. Bastou que a pequena Raven soltasse essa pergunta para que Bear, de Bianca Pinheiro, conquistasse de vez o meu coração. =3 Ao correr atrás de uma borboleta azul, a garotinha, sem querer, acabou se infiltrando no meio de uma floresta. Longe de sua casa e de seus pais, ela decide procurar ajuda. Durante suas andanças, ela se depara com uma caverna e acorda o urso que vive nela. O nome dele é Dimas e, inicialmente, não gosta nem um pouquinho dessa invasão de privacidade. Mas, ao saber que o pequeno filhote humano está perambulando sozinho pela floresta, decide ajudar. As mochilas já estão prontas, e a bússola que Raven recebeu do pai aponta a direção que a dupla deve seguir. Primeira parada: Cidade das Charadas — um local onde toda e qualquer informação só pode ser obtida através da resolução de enigmas. Conseguirão Raven e Dimas encontrar o que procuram e, de quebra, resolver a charada que mantém o tirânico e metido a besta Rei G no poder?

***

Conheci Bear depois de ler uma entrevista com a autora no site Lady’s Comics. O fato de os dois personagens principais da obra serem uma menina e um urso me atraiu logo de cara e, mais que depressa, corri pro site oficial da HQ pra conferir o resultado dessa dupla tão inusitada. Sem brincadeira, acho que li todas as páginas em menos de meia-hora. Desde então, virou rotina — terça-feira é dia de Bear! Esse encadernado da editora Nemo reúne o prólogo e o primeiro capítulo da webcomic, além de esboços, comentários da autora e a divertida solução da Charada do Portão — a primeira que Raven e Dimas tiveram que resolver para entrar na Cidade das Charadas. 

Cidade estranha, com tipos mais estranhos ainda! *Professor Layton mandou lembranças! ;)*
Apesar de Bear ser mais voltado ao público infanto-juvenil, isso não significa que os marmanjos não vão gostar da história. Pelo contrário: a autora faz algumas referências que só os leitores mais crescidinhos irão notar. Elas vão de desenhos animados da Disney a filmes cult, passando por clássicos da literatura pop e universal e, por fim, videogames.  A própria “política” da Cidade das Charadas me lembrou muito os jogos de Professor Layton. E, claro, impossível não notar a aparição de Zelda Link em determinado momento da história.

Sobre a arte da autora, não tenho o que falar mal: as cores e as texturas foram muito bem escolhidas, o traço é firme e limpo, o texto e a imagem caminham em perfeita harmonia. Em suma: tudo contribui para o teor leve e descontraído da obra.

Outro ponto a ser destacado é a quadrinização: por se tratar inicialmente de uma webcomic, as páginas de Bear são mais longas e possuem mais quadros do que outras HQs impressas. A editora Nemo manteve esse formato diferenciado, o que acarretou num encadernado com dimensões um pouco maiores das que já estamos acostumados a ver: 20cm de largura por 32cm de altura! Grandinho, né?

Minha página favorita da HQ! 
Acho que, se eu tivesse que apontar um defeito em Bear, citaria o fato de que algumas páginas da webcomic perderam parte de seu impacto visual ao migrarem para o formato impresso. Por exemplo, logo no começo da história, Raven faz um retrato de seus pais e o mostra a Dimas. O urso, espantado, aponta para a folha de papel e exclama: “Criança, seu desenho está se mexendo!”. A graça do comentário reside no fato de os rabiscos de Raven terem sido animados em gif — recurso que o encadernado físico não consegue captar.

Momento fofura! Como não amar? <3
E aí, interessou? O primeiro volume de Bear já pode ser encontrado em várias livrarias do país. O preço anunciado pela editora Nemo é de R$ 34, 90, mas, fuçando pela net, consegui encontrar sites que vendem por R$18,00. Tá esperando o que pra pegar sua mochila?

Em tempo: Bear não é o único trabalho publicado da Bianca Pinheiro. Além de atualizar regularmente o seu tumblr com ilustrações e HQs de temas diversos, recentemente a autora lançou, de forma independente, uma graphic novel intitulada Dora. Essa eu ainda não li, até porque o gênero não faz bem meu estilo — mistério com toques de terror — mas, tendo como base outros trabalhos da Bianca, posso garantir que a mudança de gênero não vai comprometer a qualidade da obra. ;)

E mais uma coisinha...

"No meu governo..."




Dona Pivara para Presidente!!!! Sério, gente, essa personagem deveria ganhar uma série só dela! Dá um ligo no sorriso! :D






Nota: todas as imagens foram retiradas do tumblr oficial da HQ. ;)

sábado, 22 de novembro de 2014

O Corajoso - Pág.4

E acabou! *É tetra! É tetra!*


Miranda: Como assim?! Quer dizer que já teve uma história em que você se estropia todo só para conseguir uma prova do meu amor? E você não se lembra disso?!

Felício: Miranda, por favor... Eu só faço o que tá escrito no roteiro. Mesmo que eu tenha bancado o “cara apaixonado”, foi tudo encenação. Você sabe disso, né?

Miranda: Tá me dizendo que tudo aquilo que a gente fala e pensa é obra da imaginação de um roteirista sacana?

*Risada maligna das autoras ao fundo: MUAHAHAHAHAH!!!*

Miranda: Não! Eu me recuso a acreditar nisso! Meus sentimentos por você são muito verdadeiros, ouviu? E eu vou provar isso!

Felício: Uia! Que coisa louca! Você acabou de dizer exatamente o que tá escrito no roteiro!

Miranda: Argh!

***

Semana que vem tem surpresinha no blog! Aguardem! ;D

sábado, 15 de novembro de 2014

O Corajoso - Pág.3

Consegui a senha da Larissa e agora o blog é meu, MEU! MUAHAHA!

...

Mentira, eu também sou administradora e tenho esses privilégios ;D

Sem mais delongas, aqui está a terceira página d'O Corajoso!

Página cheia de caretinhas! *O povo vai achar que você está com preguiça de desenhar, Larissa ¬¬'*

E na semana que vem... a INCRÍVEL, ESTUPENDA, MARAVILHOSAMENTE INUSITADA conclusão dessa história! Só que não...

domingo, 9 de novembro de 2014

Quem é quem?

Para quem só ficou sabendo do blog agora e tá perdidinho, aqui vai uma pequena ficha criminal dos personagens (Na verdade, eu queria ter feito isso bem antes, mas, sabe como é, a vida não tá FÁSSIO pra ninguém!). Que a Nossa Senhora do Bom Português tenha piedade da minha alma!









Felício: no início, era para ele ser mais convencido e sarcástico, mas, com o tempo, sua personalidade se tornou mais infantil, e quem acabou assumindo o posto de “mala sem alça” da turma foi o Tic. Felício é ingênuo e um tanto lento para entender mensagens nas entrelinhas, mas, fora isso, é altruísta e um bom amigo. Ele só queria mesmo era arranjar um jeito de tirar a Miranda de seu pé. Guria doida, eu hein!









Miranda: uma gatinha alegre, romântica e determinada. Nutre uma paixão platônica por Felício e fará de tudo para conquistá-lo. Como é a única menina dentre o quarteto principal, vez ou outra acaba assumindo o papel de "voz da razão do grupo". No mais, gosta de coisas fofas e “abraçáveis” — o que, de certa forma, torna-a mais parecida com sua criadora, a Larissa.







Tic: é o amigo para todas as horas. Se você levou um fora da sua namorada, Tic vai estar lá para te lembrar o quanto você é feio. Se você lhe pedir um conselho, ele vai te cobrar em balinhas. E, se você tropeçar numa formiga e sair rolando barranco abaixo, ele com certeza vai estar lá para filmar sua performance e colocar o vídeo no Youtube. Enfim, você com certeza conhece alguém desse tipo.







Rufão: sua idade é um mistério até para as suas criadoras. Sabe-se que ele, inicialmente, tinha uma personalidade mais agressiva e fazia o papel de antagonista desta série de tiras. Com o tempo, porém, revelou-se ser apenas um cara mal compreendido. A Larissa também disse que o humor dele melhorou bastante, mas não vamos mexer com quem está quieto, certo?

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O Corajoso - Pág.2

Postando um pouco mais cedo, já que fim de semana tem ENEM *aff ¬¬*

A Besta acordou! Pé na tábua, Felício! 

sábado, 1 de novembro de 2014

O Corajoso - Pág.1

Pra começar bem esse sábado — embora já sejam 15h ¬¬º —, aqui vai a primeira página d'O Corajoso, uma das poucas histórias “longas” que desenhei para o Felício. Como podem ver, eu era super profissional e tinha um senso estético muito apurado ainda bem que eu tive a decência de cortar a marca do arame no caderno quando escaneei isso

Geralmente, é a Miranda quem tenta conquistar o Felício. Nesta história, porém, acontece justamente o contrário. É interessante notar também que, apesar de já apresentarem características humanas, os personagens ainda se comportavam como os animais que eles eram: Rufão (na época “Ruffles”) dormia numa casinha de cachorro, e Tic deixa transparecer que Felício tem um dono (o qual, aliás, nunca mais seria mencionado).  À propósito, no começo, o Felício tinha medo de ratos — e isso serviu de piada para algumas tiras posteriores. Porém, como nos últimos tempos não se falou mais sobre esse assunto, presumo que meu gato tenha procurado terapia e se recuperado completamente do trauma. Ou não! ;)


Espero que gostem! Semana que vem tem mais!

sábado, 25 de outubro de 2014

Felício: Como Tudo Começou...


O ano era 2008. Na época, eu tinha 12 anos e estava na 6ª série (atual 7º ano) do Ensino Fundamental II. A professora de Artes estava dando uma aula sobre Quadrinhos, e pediu para que a turma criasse quatro personagens cômicos, os quais, posteriormente, seriam usados na elaboração de duas tiras de humor. Lembro-me de que comecei esboçando pessoas, mas logo percebi que não conseguia deixá-las com uma aparência muito engraçada. Então, decidi fazer animais. Como, naquela época, eu estava viciada em desenhar gatinhos, criar um personagem felino fixo pareceu ser uma boa ideia.

Foi assim que me veio à mente a imagem de um gatinho convencido, meio metido à besta, cujo passatempo predileto era conquistar as gatinhas. Devido à influência do estilo de Mauricio de Sousa, meu personagem ganhou uma aparência fofinha que lembrava muito a do Mingau, e a baixa estatura característica do Penadinho. A inspiração para os olhos grandes veio do mangá (embora, na época, eu ainda não tivesse aderido ao estilo) e dos desenhos animados da década de 20. Para completar, vesti o gatinho com uma espécie de bata. “Mas por que uma bata?”, muita gente já me perguntou. Bem, por dois motivos. Primeiro: eu não queria deixar o coitadinho pelado. Segundo: a aula estava acabando, e a minha criatividade também. Daí ficou assim. XD

Agora, só faltava um nome... Olhei para o desenho de novo e, na mesma hora, tive um estalo: Felício! Claro, com aquela baita cara de contente, não poderia chamá-lo por outro nome!

E foi assim que criei meu primeiro personagem. Agora, faltavam três.

Como, inicialmente, imaginei o Felício com certa pinta de galã, achei que seria interessante criar uma namoradinha para ele — uma gatinha sonhadora e romântica. A princípio, ela usaria um vestido e laços de fita na cabeça, mas abandonei a ideia porque achei que seu visual ficaria muito parecido com o do Felício e o da Hello Kitty. Então, desenhei-a com cabelos cacheados, saias e um colete com zíper. O nome Miranda foi escolhido sem nenhuma razão em especial — eu apenas escutei por aí e achei bonito. Até porque, “Felícia” seria muito óbvio.

Mas só ia ter gatos nessa turma? Não, ficaria muito repetitivo. Então pensei: e se o Felício e a Miranda tivessem um amigo um tanto... incomum? Isto é, um animal que raramente seria visto na companhia de um gato? Como um rato ou... um passarinho?

Tic foi o personagem mais fácil de desenhar (na verdade, ele o é até hoje). Originalmente, ele deveria se chamar Tic-Tic, pois eu queria que seu nome fizesse referência àqueles barulhinhos que os passarinhos fazem quando andam ou bicam alguma coisa — e também porque não podia usar Piu-Piu por razões óbvias. Aliás, é clara a influência do traço do Piu-Piu no meu primeiro esboço do Tic. Aquele cabeção, aquelas asas curtinhas... Até hoje me pergunto como ele conseguia voar. XD
            
Pois bem, eu já tinha dois gatos e um passarinho. Já estava mais do que na hora de adotar um cachorro, não é mesmo? Só que, desta vez, eu queria tentar fazer algo que pendesse mais para o lado do cartoon do que para o do mangá. Afinal, eu já havia criado muitos personagens kawaii desu neh. Faltava o “vilão” da história. Alguém que não fosse com a cara do Felício de jeito nenhum. Um cachorro meio corcunda, com jeitão de brucutu e cara de Muppet zangado me pareceu perfeito para o papel. Difícil foi arranjar um nome pra ele. Brutus, Rufus... eram todos muito comuns. Por fim, decidi por chamá-lo de Ruffles. Mas então a Heloísa, minha irmã, lembrou-me de que isso era nome de “batata da onda”, e acabei por rebatizá-lo de Rufão.

O primeiro desenho do quarteto principal! Uma verdadeira relíquia! *o*

Terminei minha lição de casa feita e ainda recebi elogios da professora (fiquei toda metida, heheh! ^_^). Mas acontece que esse estranho grupo de personagens não ficaria restrito a uma atividade em sala de aula...

Dizem que os criadores nutrem um amor incalculável pelas suas criaturas — e eu descobri que isso era verdade. Ao olhar para aquelas carinhas gozadas que eu acabara de desenhar, um sentimento completamente novo me dominou. Uma afeição imediata, uma convicção de que eles ainda tinham muita coisa a mostrar... E, no mesmo instante, soube que não poderia abandoná-los tão cedo.

Ideias para novas tiras foram surgindo em minha mente. Eu simplesmente não conseguia parar de desenhar aquela turminha. Tanto que as primeiras histórias foram feitas em folhas de caderno e finalizadas com caneta esferográfica — ou então deixadas no lápis mesmo (suuuper profissional ¬_¬ º).

Combo! As duas primeiras tiras! As cores ainda não eram oficiais, mas eu já havia me decidido pelo vestido pela roupa amarela do Felício.

Eu desenhava em tudo quanto era lugar. Também não tinha muita noção de como organizar os balões o_O

No começo, eu não as mostrava para ninguém, nem mesmo para a minha família. Só a minha irmã sabia, de fato, o que eu estava fazendo. E gostou tanto que começou a dar algumas sugestões de roteiro. Com o passar do tempo, percebi que ela conseguia criar piadas melhores que as minhas, e sugeri que ela fosse minha roteirista. Desde então, assinamos juntas todas as histórias do Felício.

Não lembro exatamente como, mas nossos pais acabaram descobrindo o que estávamos aprontando — acho que a quantidade enorme de desenhos espalhados por todos os lugares nos entregou. ¬_¬ º E, vejam só, eles também gostaram! \o/ Isso me motivou a mostrar meus desenhos para meus colegas de escola, professores, parentes distantes... Inclusive enviei algumas tiras para os Estúdios Mauricio de Sousa, por e-mail. E eles me responderam, incentivando-me a continuar desenhando; sem, contudo, abandonar os estudos. Até hoje, guardo a cópia impressa desse e-mail com carinho. Para alguém tímida como eu, receber elogios daqueles que produziram histórias que marcaram minha infância foi uma conquista e tanto!

Mas é claro que nem tudo foi um mar de rosas. Também surgiram críticas, a maioria vinda de nossos colegas de escola e, principalmente, dos meninos — que não se simpatizavam nem um pouco com meu traço “fofinho”. Na época, eu não tinha maturidade suficiente para lidar com certos comentários negativos, e isso se refletiu no ritmo de produção das tiras, que diminuiu muito. Eu também me tornei uma pessoa meio fechada, desconfiada, que deixava de expor a própria opinião por medo de virar alvo de chacota dos bullies. Felizmente, a situação melhorou quando me mudei para uma escola particular — até então, eu sempre havia estudado em escolas públicas —, mas até hoje carrego um resquício de personalidade daquela época.   
            
Aos poucos voltei a desenhar. O ritmo de produção, porém, continuava lento — embora por um motivo diferente do de outrora. Mas o importante é que, em dois anos, eu havia juntado uma quantidade enorme de material, que incluía tiras, algumas histórias mais longas e ilustrações temáticas. No entanto, eu ainda não havia reunido coragem suficiente para mostrá-las a uma editora ou mesmo postá-las na internet. Foi nessa época que ouvi falar pela primeira vez no Salãozinho de Humor de Piracicaba — uma versão “menor” do renomado Salão de Humor de Piracicaba, que permitia a participação de artistas mirins de 7 a 14 anos. Por incentivo de nossa família e professores, eu e a Heloísa fomos pessoalmente ao Engenho Central mostrar nosso trabalho aos curadores do evento. Eles ficaram admirados e concordaram em expor. Acabamos recebendo o prêmio de 2º lugar na categoria 11 a 14 anos. Fiquei surpresa: se havíamos conseguido alcançar tal mérito, significava que nosso trabalho tinha mesmo algum potencial.

No ano seguinte, entramos no Ensino Médio — e foi aí que a quantidade de tiras produzidas diminuiu de vez. Isso não significa, entretanto, que abandonei completamente meus personagens — pelo contrário, ainda quero desenhá-los por muitos e muitos anos! Mas, como muitos devem saber, vestibular é fogo e, se você tem a intenção de entrar em uma boa faculdade, terá que estudar muito. Se tudo der certo, eu e a Heloísa teremos nossa recompensa no começo do ano que vem! \o/

Enquanto isso não acontece, postarei, aos poucos, o material que tenho disponível até o momento. As primeiras histórias são bem tosquinhas (tenho até vergonha de olhar para algumas delas, haha XD), mas acho justo mostrá-las aqui. Assim, dá para notar o amadurecimento do traço e do roteiro, bem como algumas alterações na personalidade dos personagens. Espero que todos se divirtam!

Apresentação - Helorissa: "Que nome é esse?"

Larissa: Oioi, zentê! ^_^ Bom, eu resolvi escrever este texto introdutório para mostrar que tipo de posts vocês encontrarão nesse meu blog...

Heloísa: Seu, uma vírgula! Cadê a minha parte nessa joça?

Larissa: Ah, é! O blog é seu também, né? Corrigindo, então: para mostrar que tipo de posts vocês encontrarão no nosso blog.

Heloísa: Ah, agora melhorou!

Larissa: Pra começar, vocês encontrarão muitos diálogos como este!

Heloísa: Principalmente quando tivermos opiniões distintas sobre determinado assunto. ;)

Larissa: Sim, mas vamos ao que realmente importa. Nosso objetivo inicial com o blog é mostrar o que nós produzimos juntas até agora; no caso, uma série de tiras na qual temos trabalhado há alguns anos.

Heloísa: Essa série que a Larissa se refere tem como protagonista um personagem criado e desenhado por ela, porém, algumas tiras contam com roteiros produzidos por mim. Não darei tantos detalhes no momento, pois, muito em breve, minha irmã postará um texto explicativo sobre o assunto.

Larissa: É mesmo, né? A gente ficou tão entusiasmada com esse texto que até nos esquecemos de falar que somos irmãs...

Heloísa: Irmãs gêmeas, não se esqueça! Estamos tão acostumadas com essa situação que nem nos lembramos de dizer isso às pessoas... Normalmente, elas entram em parafuso.

Larissa: Já que você deu a deixa... Vamos aproveitar para explicar o nome do blog!

Heloísa: Bom, agora ficou um tanto óbvio, não? Mas, enfim... “Helorissa” é a aglutinação dos nomes Heloísa e Larissa. Essa expressão tem uma história engraçada: quando éramos pequenas, um dos nossos tios nunca sabia diferenciar quem era quem (acho que até hoje ele têm dúvidas...), por isso, começou a nos chamar por esse nome, pois assim nunca iria errar.

Larissa: E quando tivemos a ideia de criar um blog, esse foi o primeiro nome que nos veio à mente!

Heloísa: Até porque “Blog das Gêmeas” soaria óbvio demais... ¬­¬º

Larissa: Mas mudando de assunto... Além das tiras, eu gostaria de mostrar, também, outros desenhos meus. Só pra variar um pouquinho, sabe? XD

Heloísa: Sim. Como a Larissa disse anteriormente, o objetivo principal do blog é a divulgação de nosso trabalho (o que inclui ilustrações de autoria de minha irmã). Dependendo da recepção do blog pelo público, do tempo que temos disponível e de mais uma série de fatores, talvez (e eu digo talvez) nós nos aventuremos a escrever sobre outros assuntos. Penso, por exemplo, em produzir algumas resenhas, mas, por enquanto, não prometo nada a vocês. Por isso o subtítulo do blog: “Quadrinhos, Ilustrações e Muito Mais!"

Larissa: Bom, acho que já dissemos tudo o que queríamos. Esperamos a companhia de vocês em nossos próximos posts! o/


Heloísa: Aproveitem o blog! That's All Folks!